Há muito tempo que não sabia o que era sentir...
Tinham-se envaporado de mim todos e quaisque sentimentos...
O que será que lhes tinha acontecido?
Mas voltaram, felizmente voltaram e hoje eu sinto.
NÃO sinto raiva nem dor, nem odio nem amor, mas sinto!Afinal, o que sinto eu?
Não sei o que sinto mas sinto que algo sinto...e isso por si só ja é uma beleza natural que me deixa feliz!
Queria exprimir com clareza o que sinto...mas nem eu sei...talvez porque a voz do coração não se exprime nem dá nome aquilo que está dentro de nós e que por vezes parece ocupar todo o nosso corpo sem qualquer controle.
O meu corpo não reage á comunicação do coração...deixa-se apenas inundar por esse estado de alma que grita não se sabe o quê!
Algo libertador é concerteza, tomando no entanto conta de todo o meu ser desde a parte carnal á espiritual sem que eu possoa dizer não quero!
Não tenho escolha, o que diz o coração é como palavras de ordem que me dominam, que me guiam numa direção que não sei bem qual é...mas pela qual sigo sem opsição.
Pouco a pouco tudo vai desaparecendo como se nada estivesse acontecido, mas eu fico com os pedaços que restam do que senti...
Foi tão forte, que volta, mas, e agora?
Aceito como sempre fiz...caminho sem saber para onde nem porquê mas vou porque essa foi a unica escolha que me pareceu mais sensata rumo á felicidade.
E cá está o meu ser, alegre, feliz sem explicação, contudo, anónimo no meio de tantos seres que buscam a felicidade ainda que esta seja efémera.
Anónimo, ser anónimo sou, pois na verdade o que mostro de mim não é mais que a capa social que me transforma e que ainda que não queira existe e me mascara todos os dias da minha vida.
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